VIÑA CARMEN NA CONFRONTEIRA!



Noite bem bacana na ConFronteira no mês de setembro de 2019.

Aproveitei uma promoção da importadora Mistral e comprei alguns vinhos para degustarmos.

O melhor de tudo eram as safras mais maduras! 2011 para o Pinot, 2008 para o Carmenere e 2009 para o Cabernet, o que foi ótimo para os presentes e poder comparar com a exuberância da fruta madura que estamos tão acostumados aqui na fronteira.

Sou fã da vinícola Carmen, que aprendi a admirar ainda no final da década de 90, com seus reservas maravilhosos e o inesquecível Grand Vidure de rótulo negro, no que viria posteriormente a se popularizar como Carmenere.

A Carmen foi pioneira em Carmenere no Chile! É também uma das vinícolas mais tradicionais e reconhecidas do país, além de praticar há bastante tempo uma viticultura sustentável e com práticas ecológicas.

Enfim, vinhos elegantes e com a mais fina estirpe chilena.

Pinot Noir Gran Reserva, Valle de Leyda, 2011, com 14,0% de álcool: uvas do Valle de Leyda e já com seu perfil mais fresco e ácido.
Confrade Fábio destacou a coloração escura para um Pinot. E realmente, por ser um 2011, o "coração" continuava bem escuro, mas os reflexos já tinham uma boa borda de evolução.
Nariz com média expressividade, mas bastante complexo, com notas de laranja seca, canela, algum mercúrio/iodo, rosas secas e açúcar mascavo.
Em boca tem estruturam média a leve, com acidez bem presente e taninos leves. Médio no retrogosto.
No geral é um vinho muito bom (nota 90) e que merece ser provado, inda mais pelos R$ 85,37 que paguei nesse promoção da Mistral. Realmente um ótimo preço!



Carmenere Winemakers Reserve, Valle de Colchagua (Apalta), 2008, com 14,5% de graduação alcóolica: 
Maduro e intenso! Assim poderia resumir esse 2008 nesse momento.
Escuro, turvo, com reflexos alaranjados.
Nariz intenso e centrado nos aromas de frutas negras e também empireumáticos. Notas de couro, tabaco, defumados, amora negra madura, pimenta preta, louro, mercúrio, fósforo queimado e uva passa.
Em boca é um vinho bem potente e intenso. Como taninos marcantes e elevada acidez. É realmente encorpado e enche a boca, no melhor estilo Carmenere.
Para os amantes da casta, é um prato cheio.
Entre muito bom e excelente (nota 92). Sempre uma referência para se ter em conta! Muito confiável.
Mistral/R$ 239,20.

Cabernet Sauvignon Gold Reserve 2009, com 14,0% de álcool:
O Gold Reserve representa o mais alto nível do vinho chileno. Um clássico desde suas primeiras safras.
Sou fã confesso! Já provei outras safras e a de 1999 foi um dos melhores vinhos chilenos que já provei na vida. Realmente incrível para a época.
O vinhedo está no Maipo médio e é de 1957. Ademais, o vinho estagia 16 meses em madeira francesa.
Esse 2009 está em ótima forma! 10 anos e evoluindo perfeitamente.
Concentrado, turvo, com muita borra na garrafa. Reflexos ainda bastante fechados.
Expressivo no nariz, complexo e intenso. Notas de licor de cassis, cardamomo, menta muito sutil, pimenta negra, amora madura e cedro.
Em boca tem ótima estrutura num perfil muito elegante. Acidez incrível e taninos ainda presentes. Finos, mas presentes. Com mais 5 a 7 anos estará no ponto.
Longo retrogosto e sem amargor final.
Excelente (nota 94/96). É o nível mais alto que podemos encontrar no Chile.
Nessa mesma safra recebeu 95 pontos do Descorchados e 97 do Concurso Chileno Epicuro.
Mistral, cerca de R$ 596,80 nas safras mais recentes.




Deixo meus sinceros agradecimentos aos presentes. No mês que vem vamos degustar vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais.

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