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Mostrando postagens de outubro, 2014

FIN DEL MUNDO Special Blend Reserva 2009, 14,5% v/v.

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Este é o top da empresa e nesta safra vem em um pacote de 40% Cabernet Sauvignon, 40% Malbec e 20% Merlot, com 15 meses de crianza em barricas novas de carvalho francês. Ainda escuro e violáceo, impenetrável. Nariz intenso, com bastante carvalho novo no primeiro ataque. Aroma nítidos de ameixa seca, louro, defumados, manteiga e um final de laranja muito interessante. Em boca é macio, com ótima estrutura. Pouco tânico, parece "licoroso", com uma acidez ligeiramente mais marcante que em Mendoza. Vinho longo e muito saboroso. Precisa de mais alguns anos de guarda. Excelente (nota 91). Tem boa relação custo/benefício na Argentina. É importado pela Mr. Man ao preço de R$ 245,00.

Mariflor CAMILLE 2008, 15,0% v/v - Mendoza, Argentina.

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Esta é a bodega de Michell Rolland no Clos de los Siete , sendo este vinho seu mais novo topo de gama. Sempre gostei dos vinhos do Michell Rolland e não podia ser diferente com este que, apesar do preço, é um excelente vinho. Majoritariamente Malbec , com parcelas de Cabernet Franc, Syrah e Merlot para lhe aportar maior complexidade. É desse vinhos modernos, fermentados em barrica nova, sendo que após isso ainda estagia por mais 24 meses nas mesmas barricas. Apesar dos 6 anos de vida, ainda apresenta-se escuro, opaco e impenetrável, com reflexos violáceos. Intenso no nariz, perfumado e com boa complexidade, revelando notas de geléia de figo, chocolate, anis estrelado, canela e azeitonas. Na boca é potente, com estilo bem "novo-mundo" mesmo. Ótimo volume de boca e taninos ainda perceptíveis. Deverá ganhar em elegância com o passar dos anos. Como impressão geral, achei o vinho um pouco over, com algo apelativo demais. Talvez o excesso de barrica lhe retire

Norton Gernot Langes 2008, 14,5% v/v.

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Trata-se do "último novo top" da bodega que leva o nome de seu proprietário, Sr. Gernot Langes. Resulta de um blend de uvas Malbec (80%), Cabernet Sauvignon (10%) e Cabernet Franc (10%), todas provenientes dos vinhedos mais antigos da bodega localizados em Luján de Cuyo. Ao final o vinho estagia 16 meses em carvalho novo francês. Sou do tempo em que o top da Norton ainda era o Centenario del Pedriel. Depois vieram outros, como o Privada, que nunca me convenceu , e alguns malbecs de vinhedo único e partidas limitadas que, apesar de muito bons, não me causaram grande entusiasmo. Esse não! Penso que a Norton acertou em cheio e finalmente conseguiu fazer um vinho excelente e com perfil moderno para o mercado internacional. Vinho escuro e violáceo, bem intenso e brilhante. Nariz intenso, elegante e com boa complexidade. Desde mirtilos a anis estrelado, além de manteiga, alcatrão e geléia de figo. Em boca está delicioso desde já. Fino e elegante, sem arestas, c

Bodega Alta Vista ALTO 2009, 15,5% v/v.

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Este é um vinho que sempre convenceu. Não houve uma única vez em que minhas expectativas não foram correspondidas por ele. Vem ganhando potência nos últimos anos, mas que, ao menos até agora, não se mostrou excessiva. Resulta de um corte de 80% Malbec e 20% Cabernet Sauvignon e nesta safra estagiou 14 meses em barricas novas francesas. Recebeu 93 pontos da WS (James Malesworth) e 95 de Parker nesta safra (Jay Miller). Coloração compacta, jovem, ainda escura e violácea. Nariz intenso, com boa complexidade apesar da juventude, com notas sensíveis de carvalho novo. Lembrou licor de cassis, cedro, ameixa fresca e seca, uva passa, cravo da índia, alecrim, defumados e manteiga. Na boca é potente e encorpado. Taninos doces típicos da Malbec e acidez perfeita. Mesmo diante de inúmeros vinhos de igual calibre, foi, para alguns, o melhor vinho da noite. Final de boca longo e sem amargor final, com um retrogosto típico da Malbec, frutado e muito elegante. Finalizando, certamente

BODEGAS CARRAU Vilasar Nebbiolo 2000, 13,5% v/v.

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Em homenagem ao meu amigo Gustavo que nos brindou com esta raridade (comprada diretamente na bodega), vou escrever sobre este intrigante Nebbiolo uruguaio que até e ntão desconhecia. Trata-se de uma cosecha especial das Bodegas Carrau, com pouquíssimas garrafas produzidas por safra e somente em anos excepcionais. Por sua singularidade já desperta o interesse, ainda mais se considerarmos os seus 14 anos de vida. É um vinho austero, com certa rusticidade, coloração ainda escura e tendente ao grená. Aroma intenso e complexo, com notas de ameixa fresca, alcatrão, rosas, algo de bret no bom sentido e também terrosos. Em boca é potente, com boa concentração, taninos perceptíveis e uma acidez típica dos vinhos uruguaios. Longo no retrogosto, termina com um leve amargor final típico da cepa. No geral é um vinho muito bom (nota 88/89). Não podemos comparar a um bom Barolo, mas a referência é inevitável. Para longa guarda, deve ser "esquecido" na adega.

FAIVELEY Chambertin Clos de Bèze Grand Cru 2000 - 13,0% v/v.

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Começando meu tour enológico por Floripa há poucos dias, vou falar de um dos grandes vinhos que tive a oportunidade de degustar na companhia de um seleto grupo de amigos que compartilharam seu entusiasmo, generosidade e conhecimento. Meu muito obrigado. Trata-se do Chambertin Clos de Bèze Grand Cru de Faiveley , safra 2000. Já havia provado este mesmo vinho seis anos atrás e comparando com agora, percebo em minhas descrições que sua coloração começa a esmaecer. Reflexos seguem em tons de cereja. O nariz é intenso, encantador e realmente flagrante, além da boa complexidade. Notas de cereja bem madura, canela, violeta, louro, laranja e banana passa. Em boca é bastante agradável de beber, mas com taninos um pouco verdes de engaço de vinha e um ligeiro amargor final. A acidez é perfeita, tudo em uma estrutura média a lhe dar suporte. Deverá melhorar com mais uns 6/8 anos em garrafa, mas creio que esses taninos não evoluirão positivamente. Em suma, é bem melhor no aspecto o

NORTON MALBEC RESERVA 2010, 14,5% v/v - Luján de Cuyo - Argentina.

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Venho degustando este vinho desde a longínqua safra de 1995, quando ainda o Centenario del Perdriel povoava minha imaginação. Desde então muita coisa mudou e novos rótulo foram sendo lançados. O portfólio da empresa aumentou e a qualidade dos rótulo clássicos , na minha opinião, diminuiu. É o caso do Malbec Reserva e do Malbec DOC, vinhos que antigamente me pareciam bem mais convincentes.   Mas vamos a safra 2010 do Malbec Reserva. Segundo o site do produtor, este vinho provem de um vinhedo de 80 anos de idade localizado em Luján. O rendimento é baixo com 6 toneladas por hectare. Estagia 12 meses em barricas francesas de primeiro e segundo usos. Trata-se de um malbec típico, suculento e com ótima acidez. Com boa expressão olfativa de ameixas frescas e especiarias doces. Porém, não vejo razão para tanto entusiasmo da imprensa internacional que freqüentemente o pontuam com notas acima de 90 pontos. Como exemplo, nesta mesma safra, temos os 90 pontos da Wine Spectator e 92