NOITE DE GALA NA FRONTEIRA!!!

Vinhos espetaculares na Tri-Fronteira! Fruto de estudos, parceria, investimentos e amor pelo que se faz! Show! Simplesmente show e que ocorram outras mais e se perpetuem.

Participaram da degustação esse redator, Fábio Bernardes (despachante aduaneiro e sommelier); Seba Gimongi (Sommelier profissional argentino); Leo Ângelo Jr (advogado, bodegueiro e sommelier em formação).

Os vinhos degustados iniciam com o espetacular, único e secular Champagne Cristal 2006! É espetacular! Não há outra classificação para o Cristal. Sua acidez cortante, equilíbrio, mineralidade, profundidade de sabor e persistência são lendários. Ícone mundial, sinônimo de bom gosto, elegância, luxo e refinamento... o Cristal é único e prová-lo é sempre uma experiência sensorial inesquecível.
Show! Nota 97 nesta safra.
Custa mais de R$ 1.500,00 no Brasil.



Seguindo com um branco, provamos o Corton Charlemagne do Bruno Claire 2006! Outro vinhaço, esse branco é elaborado com a casta Chardonnay num dos melhores climats da Borgonha e do mundo para esta casta.
O Corton é sempre profundo, complexo, denso e muito saboroso. É um vinho que parece oleoso em boca, mas equilibrado pela acidez fresca e pela mineralidade sápida sempre presentes.
É um vinho caro e excepcional, pela história, qualidade e singularidade de sua procedência.
Excelente (nota 93/94).
É importado pela importadora Vinci e me custou R$ 1.230,00 em promoção.


Nos tintos iniciamos pelo Hermitage regular do Guigal safra 2008. Apesar de ser o Hermitage mais simples da vinícola, é sempre um Hermitage e como tal qual é digno de reverência. Expressão máxima da uva Syrah no mundo, o Hermitage é austero e elegante ao mesmo tempo, com muita complexidade olfativa de especiarias, amoras negras maduras e de rochas.
Em boca mostrava-se ainda jovem, com acidez plena e taninos presentes, indicando um potencial de guarda de mais 8 anos até o auge.
Também excelente, mas num nível inferior aos vinhos provados anteriormente (nota 92).
Comprei esse vinho no Sax do Paraguai e paguei cerca de US$ 67,00 na época.
Não sei quem o está importando atualmente no Brasil, mas o preço na internet varia entre R$ 700,00/800,00 a garrafa.


O próximo tinto é um Malbec de altitude muito comentado pela imprensa especializada. Trata-se do Altura Maxima 2015 da bodega Colomé, que na safra 2013 recebeu 97 pontos da Wine Advocate.
É um vinho elaborado com uvas cultivadas a impressionantes 3111 metros e de altitude e que estagia 24 meses em barricas novas francesas.
Apesar de eu considerar essa pontuação exagerada, o fato é que o Altura Máxima representa muito bem os vinhos Salteños e tem toda a tipicidade local.
Escuro, praticamente negro no visual. Aroma muito expressivo e principalmente focado em geléias e compotas e ameixa seca. Também pimiento dulce, cravo da índia, baunilha e defumados.
Em boca é um vinho muito encorpado, com forte presença alcoólica, baixa acidez e taninos muito doces. É um vinho fácil de beber e fácil de gostar, mas com pouca complexidade gustativa.
Particularmente, esse é um estilo de vinho que tenho evitado há alguns anos. Atulmente procuro vinhos mais elegantes e equilibrados, mas não posso negar que o Altura Maxima é um singular Malbec e que merece ser provado.
Cerca de 8100 garrafas foram produzidas nesta safra.
Entre muito bom e excelente (nota 90/91).
É importado pela Decanter e custa R$ 1.250,00 a garrafa, mais ou menos.


Encerramos, por fim, com o magnífico Almaviva 2015! Ícone máximo da enologia chilena e que nesta safra mereceu 100 pontos de James Suckling, o que é bastante raro.
Esse vinho foi tema de discordância entre os presentes, pois alguns se decepcionaram com a qualidade apresentada. Por vezes a expectativa é tanta que acabamos nos decepcionando.
De minha parte, pelo contrário, o vinho se apresentou exatamente como eu esperava.
Jovem, intenso, concentrado, muito bem vinificado e com longo potencial de guarda pela frente.
Bem intenso, concentrado, alcoólico e complexo, com notas de mirtilo, grafite, chocolate amargo, resina de pinheiro, pimenta preta e pimentão verde.
Ainda bastante potente em boca, com tudo ainda muito evidente. Forte presença alcoólica, taninos elevados e acidez rascante, além de amargor final.
Ou seja: é um vinho que precisa envelhecer, pois bebê-lo assim, jovem, é um desperdício de um grande vinho.
De qualquer forma, considerando o que encontrei na taça e antevendo um futuro maravilhoso, concedo-lhe 95 pontos, desejando encontrá-lo novamente de 2030 em diante.
Em razão da perfeita pontuação recebida, esta safra está incrivelmente cara, sendo vendida na internet a R$ 1.600,00 a garrafa, mais ou menos.





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