DEGUSTAÇÃO DE TOPS ARGENTINOS.
Há quase um mês fui convidado por meu amigo Leo, da enoteca Casagrande, para provar alguns vinhos de sua adega particular.
Criteriosamente selecionados pelo anfitrião, pude provar três vinhos que ainda não havia provado e as impressões foram as melhores possíveis, com destaque para o Octava Superior que realmente superou minhas expectativas.
Vamos às notas de prova:
1) O.Fournier Malbec Vista Flores 2008, 15,0% v/v.
Um dos tops da vinícola O. Fournier, que com essa linha de produtos está buscando expressar o melhor de cada terroir argentino.
Nesse Malbec temos a mais pura expressão da Malbec em Vista Flores, Valle de Uco, local de excelência para Malbecs intensos, florais, elegantes e com grande intensidade de sabor.
O estilo é clássico, potente, violáceo e concentrado.
Estagia 20 meses em barricas novas, sendo 80% francesas e 20% americanas.
Intenso no nariz, fragrante, "perfumado" e com ótima complexidade, com destaque para a "ciruela" madura, mirtilos, anis, chocolate amargo, manteiga e louro.
Em boca é potente, alcoólico, encorpado, com taninos de excelente trama e acidez equilibrada. Longo retrogosto e sem amargor final.
No geral, considero esse um excelente Malbec (nota 92). Também nesta safra, recebeu 94 pontos de Robert Parker.
Apesar de seus quase dez anos, é um vinho para longa guarda e que ganhará em elegância e complexidade com mais dez anos, ao menos.
É importando pela Vinci a R$ 663,20 (cerca US$ 200,00).
2) Salentein Gran VU Blend, Tunuyán, Valle do Uco, 2012, 15,0% v/v.
Outro excelente exemplar do Valle do Uco que ainda não havia provado.
É o vinho "ícone" da excelente Salentein, vinícola com grande presença no mercado brasileiro há muitos anos e figura constante nos principais painéis de prova da impressa especializada.
Apesar da intensidade alcoólica e da grande concentração inerentes ao estilo, me chamou atenção a elegância desse vinho.
Muito fino, tanto no aspecto olfativo, quanto gustativo, com uma complexidade ligeiramente mais destacada que no anterior.
Resulta de um blend de 73% de Malbec e 27% de Cabernet Sauvignon.
Perfim aromático muito intenso e com ótima complexidade. Centrado na Malbec, suas notas de mirtilos e ameixas se destacam, mas também geléia de figo, pimenta negra chocolate.
Em boca é potente e intenso, mas num perfil elegante e agradável. A maciez; essa "doçura" e jugosidade da Melbec marcam o palato.
No geral é também excelente (nota 92/93). O prefiro ao anterior pela maior complexidade e singular elegância para um vinho desse patamar.
Recebeu os mesmos 93 da Wine Enthusiast nesta safra.
É importado pela Zahil-Wine Hause e custa cerca de R$ 700,00 (US$ 212,00).
Deixo como registro um link da apresentação desse vinho realizada no hotel Alvear Palace:
https://www.youtube.com/watch?v=7OFN-4NjmjQ
3) Abremundos Octava Superior, Tunuyán, Valle de Uco, 2011, 15,0% v/v.
Para mim esse foi o grande destaque da noite e a maior surpresa que tive, em se tratando de vinhos argentinos, nos últimos tempos.
Vinho extremamente badalado em razão das altas pontuações que vem obtendo dos mais diversos críticos especializados.
Trata-se de um projeto do grande enólogo Marcelo Pelleriti e seu amigo roqueiro Pedro Aznar, que juntos criaram um linha de vinhos caros e excelentes.
Resulta de blend de 75% de Cabernet Franc, 20% de Malbec e 5% de Syrah, onde forma elaboradas apenas 4 mil garrafas.
O vinho é microvinificado em barrica (uma das especialidades de Marcelo) e estagia outros 22 meses nas mesmas.
No visual já é possível perceber que o vinho é bastante intenso e concentrado. Violáceo impenetrável, sem qualquer sinal de evolução.
Nariz fechado, com algo reduzido nos aromas, mas num estilo bastante limpo na vinificação.
Muita compota, ameixa preta, pimenta negra, chocolate, mirtilos e geléia de ameixa.
Em boca é muito concentrado e intenso. Chama a atenção os taninos bem marcados e com acidez mais elevada do que era de se esperar para um vinho argentino desse nível.
É um vinho muito fino e sério e que precisa de guarda, pois é muito potente em sua juventude.
No geral é excelente/espetacular (nota 94). Merece uma nova prova mais criteriosa.
Não é importado para o Brasil, mas na internet custa cerca de R$ 700,00 ou US$ 212,00.
Recebeu 96 pontos de James Suckling.
http://www.abremundos.net/es/index.php
Criteriosamente selecionados pelo anfitrião, pude provar três vinhos que ainda não havia provado e as impressões foram as melhores possíveis, com destaque para o Octava Superior que realmente superou minhas expectativas.
Vamos às notas de prova:
1) O.Fournier Malbec Vista Flores 2008, 15,0% v/v.
Um dos tops da vinícola O. Fournier, que com essa linha de produtos está buscando expressar o melhor de cada terroir argentino.
Nesse Malbec temos a mais pura expressão da Malbec em Vista Flores, Valle de Uco, local de excelência para Malbecs intensos, florais, elegantes e com grande intensidade de sabor.
O estilo é clássico, potente, violáceo e concentrado.
Estagia 20 meses em barricas novas, sendo 80% francesas e 20% americanas.
Intenso no nariz, fragrante, "perfumado" e com ótima complexidade, com destaque para a "ciruela" madura, mirtilos, anis, chocolate amargo, manteiga e louro.
Em boca é potente, alcoólico, encorpado, com taninos de excelente trama e acidez equilibrada. Longo retrogosto e sem amargor final.
No geral, considero esse um excelente Malbec (nota 92). Também nesta safra, recebeu 94 pontos de Robert Parker.
Apesar de seus quase dez anos, é um vinho para longa guarda e que ganhará em elegância e complexidade com mais dez anos, ao menos.
É importando pela Vinci a R$ 663,20 (cerca US$ 200,00).
2) Salentein Gran VU Blend, Tunuyán, Valle do Uco, 2012, 15,0% v/v.
Outro excelente exemplar do Valle do Uco que ainda não havia provado.
É o vinho "ícone" da excelente Salentein, vinícola com grande presença no mercado brasileiro há muitos anos e figura constante nos principais painéis de prova da impressa especializada.
Apesar da intensidade alcoólica e da grande concentração inerentes ao estilo, me chamou atenção a elegância desse vinho.
Muito fino, tanto no aspecto olfativo, quanto gustativo, com uma complexidade ligeiramente mais destacada que no anterior.
Resulta de um blend de 73% de Malbec e 27% de Cabernet Sauvignon.
Perfim aromático muito intenso e com ótima complexidade. Centrado na Malbec, suas notas de mirtilos e ameixas se destacam, mas também geléia de figo, pimenta negra chocolate.
Em boca é potente e intenso, mas num perfil elegante e agradável. A maciez; essa "doçura" e jugosidade da Melbec marcam o palato.
No geral é também excelente (nota 92/93). O prefiro ao anterior pela maior complexidade e singular elegância para um vinho desse patamar.
Recebeu os mesmos 93 da Wine Enthusiast nesta safra.
É importado pela Zahil-Wine Hause e custa cerca de R$ 700,00 (US$ 212,00).
Deixo como registro um link da apresentação desse vinho realizada no hotel Alvear Palace:
https://www.youtube.com/watch?v=7OFN-4NjmjQ
3) Abremundos Octava Superior, Tunuyán, Valle de Uco, 2011, 15,0% v/v.
Para mim esse foi o grande destaque da noite e a maior surpresa que tive, em se tratando de vinhos argentinos, nos últimos tempos.
Vinho extremamente badalado em razão das altas pontuações que vem obtendo dos mais diversos críticos especializados.
Trata-se de um projeto do grande enólogo Marcelo Pelleriti e seu amigo roqueiro Pedro Aznar, que juntos criaram um linha de vinhos caros e excelentes.
Resulta de blend de 75% de Cabernet Franc, 20% de Malbec e 5% de Syrah, onde forma elaboradas apenas 4 mil garrafas.
O vinho é microvinificado em barrica (uma das especialidades de Marcelo) e estagia outros 22 meses nas mesmas.
No visual já é possível perceber que o vinho é bastante intenso e concentrado. Violáceo impenetrável, sem qualquer sinal de evolução.
Nariz fechado, com algo reduzido nos aromas, mas num estilo bastante limpo na vinificação.
Muita compota, ameixa preta, pimenta negra, chocolate, mirtilos e geléia de ameixa.
Em boca é muito concentrado e intenso. Chama a atenção os taninos bem marcados e com acidez mais elevada do que era de se esperar para um vinho argentino desse nível.
É um vinho muito fino e sério e que precisa de guarda, pois é muito potente em sua juventude.
No geral é excelente/espetacular (nota 94). Merece uma nova prova mais criteriosa.
Não é importado para o Brasil, mas na internet custa cerca de R$ 700,00 ou US$ 212,00.
Recebeu 96 pontos de James Suckling.
http://www.abremundos.net/es/index.php
Parabéns ao anfitrião e ao degustador que nos indica vinhos de qualidade e sabor apurado, já que temos acesso fácil a essas preciosidades argentinas.
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