CRUZAT E ANTONIO MAS

Semana passada a enoteca Casagrande promoveu uma degustação com as bodegas Cruzat e Antonio Mas.
O sommelier Raimundo Ferraris ficou a cargo da palestra e o jantar foi servido no Yume Sushi, um dos restaurantes mais bonitos de Dionísio Cerqueira.
Ambos os projetos parecem bastante promissores, já que os enólogos referenciais possuem grande experiência enológica.
Antonio Mas, por exemplo, até pouco tempo atrás, era o responsável pelos vinhos da Finca La Anita. E os espumantes da Cruzat estão a cargo de Pedro Rosell, antigo proprietário da Rosell Boher, provavelmente a bodega que produz os espumantes mais complexos da Argentina.

Vamos aos vinhos:

1) Antonio Mas Extra-Brut NV: espumante bem leve e agradável; simples. Para beber aos grandes goles.
Não é importado para o Brasil.



2) Cruzat Rosé Extra-Brut NV, 12,5% v/v:
Blend de 90% de Pinot Noir e 10% de Chardonnay, com 24 meses sob as lías e 6 gramas de açúcar residual.
Os vinhedos ficam em Tupungato e estão a 1400 metros de altitude.
Bem fresco no primeiro ataque e com coloração acobreada.
Notas de maçã ligeiramente passada, rosas, algo de tamarindo, pimenta rosa e pão fresco.
Em boca tem boa acidez e é bem seco. Falta-lhe maior volume de boca e o perlage é mediano.
Recebeu 92 pontos de Tim Atkin e foi International Trophy/Best in Show no DWA de 2014.
Custa $ 270,00 pesos na Argentina.
Não é importado para o Brasil.


3) Cruzat Nature NV - 12,5% v/v:
Blend de 60% de Pinot Noir e 40% de Chardonnay, com 18 meses sob as leveduras e 3 gramas de açúcar residual.
Gostei mais desse!
Coloração bem dourada, com notas de nozes/grão de bico, própolis, maça madura, sálvia e resina.
Perlage mais fina que no rosè, mas pouco intensa. Boa acidez e sem amargos final. Também lhe falta maior volume de boca.
No geral eu achei muito bom (nota 88).
Recebeu 93 pontos de James Suckling e 94 do Tim Atkin, o que é um pouco exagerado para o meu paladar.
Não é importado para o Brasil.



4) Bodega Sumum/Antonio Mas - Malbec Nucleo - Valle de Uco - 2013, 13,9% v/v:
Malbec jovem, violáceo e com barrica nítida (12 meses).
Notas de manteiga, mirtilos e ameixa fresca.
Agradável em boca e com taninos macios.
Muito bom (nota 88).
Não é importado para o Brasil e na Argentina custa $ 259,00 pesos.



5) Bodega Sumum/Antonio Mas - Malbec Historia - Valle de Uco - 2011, 14,8% v/v:
Linha top da bodega.
Particularmente, gostei mais do Malbec que do Cabernet.
Vinho com bastante estrutura e maior volume de boca. Taninos presentes.
Coloração fechada e ainda violácea.
Notas de mirtilos, violetas, ameixa fresca, defumados e manteiga.
Por hora, diria que é muito bom; talvez excelente (nota 90). Poderia ser bem melhor e mais fino e acredito nas próximas safras isso se confirmará.
O sommelier presente no evento disse que essa foi a primeira safra da linha Historia.
Não é importado para o Brasil e na Argentina custa $ 599,00 pesos.


 
5) Bodega Sumum/Antonio Mas - Cabernet Sauvignon Historia - Valle de Uco - 2011, 15,2% v/v:
Fechando com o Cabernet.
Bem escuro no visual e com leve borda rubi.
Intenso no nariz, com notas de café, algo de pimentão, defumados e cerejas frescas.
Em boca é um vinho macio e encorpado, pouco tânico e com boa acidez. Parece "doce" em razão do elevado teor alcoólico.
Realmente eu esperava um pouco mais. Por hora, muito bom (nota 89). O excesso de álcool e essa maciez pouco típica lhe retiraram alguns pontos.
Não é importado para o Brasil e na Argentina custa $ 599,00 pesos.


http://bodegasumun.com/
http://www.bodegacruzat.com/
 

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