BODEGA WEINERT NA TRI-FRONTEIRA!

A Weinert é uma bodega brasileira em solo argentino, fruto do sonho de um empresário brasileiro apaixonado por vinhos ainda na década de 70.

E deu certo, pois a Weinert mantém um estilo próprio que é cada vez mais raro hoje em dia, com vinhos envelhecidos por longos períodos em grandes tonéis de carvalho.

Atualmente somente a Weinert e a López seguem produzindo e comercializando vinhos assim, o que as torna referências em tradição e elegância num universo de vinhos bastante similares em estilos e castas.

A Sra. Iduna Weinert é filha do Sr. Bernado Weinert, fundador da bodega, e hoje está à frente da bodega em Mendoza. E graças a uma iniciativa da enoteca Casagrande esteve aqui na Tri-Fronteira para conduzir uma degustação de seus vinhos e explicar um pouco da filosofia da empresa.

Sou um fã confesso da vinícola! O Malbec Estrella 1977 foi o melhor vinho argentino que já provei. Um ícone e uma referência para todo amante de vinhos. Segue o link do post que fiz exclusivamente para ele aqui no blog http://guilhermemaran.blogspot.com/search?q=weinert

Foram degustados cinco vinhos nessa noite, mas a gama é bem maior e pode ser conhecida no site da vinícola (https://www.bodegaweinert.com/):

1) Weinert Carrascal 40 Anos (sem safra destacada):  com 15,1% de álcool, é um blend de safras desde 2004 a 2017, sendo 35% Cabernet Sauvignon, 55% Malbec e 15% de Merlot.
Trata-se de uma edição comemorativa aos 40 anos do lançamento do primeiro Carrascal em 1978.
Estilo típico da vinícola, com bastante oxidação no conjunto. Aromas de ameixa seca, nozes, pinus, resina, pimenta do reino e folhas seca.
Estrutura média em boca, mas com álcool destacado. Baixa carga tânica e de acidez.
No geral é muito bom. Sempre agradável e fácil de tomar (nota 88/89).
É importado pela Vinhos do Mundo de Porto Alegre.

2) Weinert Merlot 2007: conjunto mais equilibrado. Com 14,1% de álcool, é bastante macio e etéreo. Notas de licor de ameixa, defumados, madeira velha, cereja em calda e azeitonas.
Macio, pouco tânico, algo resinoso, bem seco e com boa acidez.
O vinho permaneceu 3 anos em tonéis de carvalho e o resto em garrafa na vinícola. De qualquer forma, é a safra que está sendo comercializada pela vinícola agora.
É um vinho melhor e mais elegante (Nota 90).
É importado pela Vinhos do Mundo e custa R$ 222,00 no site da importadora. Aqui na fronteira estava sendo comercializado R$ 47,50 no dia da degustação (valor promocional).

3) Weinert Cabernet Sauvignon 2008: Esse foi o vinho que mais me chamou a atenção na degustação. Com 14,5% de álcool, é mais intenso e integrado, com notas de anis, amora, couro, tabaco, menta e madeira.
O vinho estagia 10 anos em tonéis e 1 ano em garrafa antes de ser colocado no mercado.
Mais volume em boca, pouco tânico, mas presente, além de ótima acidez. Longo (Nota 91/92).
É importado pela Vinhos do Mundo e custa R$ 205,92 no site da importadora. Cerca de R$ 47,50 na data da degustação.

4) Cavas de Weinert 2007: 14,9% de álcool. O Cavas é sempre um blend de Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot. É um clássico da vinícola e é sempre muito bom.
Meu primeiro Cavas foi em 2001 da safra de 1996. Desde então venho provando-o de tempos em tempos e o estilo se mantém, apesar de nesta safra o vinho estar mais concentrado e intenso que outrora.
Foi o vinho mais concentrado da degustação! Com maior volume de boca.
Notas licorosas, de ameixa seca e cravo da índia. Também alcatrão, de resina e pimentão.
Muito macio em boca! Pouco tânico e pouco ácido. É um vinho fácil de tomar e fácil de gostar, pois é bastante elegante (Nota 90/92).
É importado pela Vinhos do Mundo e custa R$ 296,00. Aqui na Fronteira custou R$ 81,00 durante o evento.

Encerramos a degustação com o Malbec Tonel Unico 1994, com 15,2% de álcool: um lote de apenas 7859 garrafas de um único tonel! Ao longo de sua crianza, esse Malbec era  cotado para integrar a famosa linha Estrella, sendo ao final "rebaixado" por decisão do enólogo! Ao todo permaneceu 23 anos nos tonéis antes de ser engarrafado em 2017.
Bem macio e linear em boca. Pouco tânico, mas a acidez se nota.
Notas de açúcar mascavo, serragem, defumados, nozes, ameixa seca e alguns aldeídos da evolução.
A uva para este vinho provém de um vinhedo localizado em Vistalba.
Muito macio, saboroso e elegante ao mesmo tempo. Um vinho de estilo único e que merece ser conhecido (Nota 93).
Recebeu 96 pontos no Guia Descorchados.
É importado pela Vinhos do Mundo, mas não sei o preço no Brasil.
No site da vinícola custa $ 4.500,00.








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